No dia 12 de novembro, a sede da Associação Comercial e Industrial de Rio Verde (ACIRV) se transformou em arena de debate e reflexão. O “1º Fórum de
IA da ACIRV” trouxe empresários, gestores, profissionais liberais e estudantes para um dia inteiro de palestras, oficinas e conversas com especialistas de
renome nacional e internacional, todos mobilizados para responder à pergunta: o que a inteligência artificial significa de fato para meu negócio, minha equipe, o nosso entorno?
Logo de manhã, sob o comando do presidente da ACIRV, currículo e ambição convergiram em uma mensagem clara: não se trata mais de “se” adotar IA, mas
de como e com quem. As falas seguintes reforçaram isso. Leonardo Privado abriu com “A Revolução 4.0: O Novo Comportamento Humano Diante da
Inteligência Artificial”, lembrando que a tecnologia existe dentro de contextos humanos, equipes, inseguranças, mudança de cultura.
Em seguida, Sandro Moreira, da Google, questionou o mito de que basta “implementar tecnologia” para transformar tudo: para ele, liderança eficaz será aquela que entende como a IA integra-se aos processos, às pessoas, às decisões.
A programação reservou espaço especial para o setor que move grande parte da economia goiana: o agronegócio. No painel “Mesa Redonda do Agro: IA Aplicada ao Agronegócio”, mediado pela empreendedora Lorena Carvalho, do Espaço Capital, o debate focou nos desafios que produtores e colaboradores enfrentam para acompanhar essa revolução tecnológica: infraestrutura de conectividade desigual, lacunas de capacitação, custo de implementação, resistência a mudança.
A oficina “Tudo com IA”, ministrada pelo publicitário Raphael Valongo, foi um dos momentos mais práticos do dia. Não só teoria: os participantes saíram da
sala com rascunhos de sites, planos de conteúdo, ideias de integração de IA nos fluxos de trabalho. O recado ficou claro: tecnologia é suporte, não substituição, quem faz a diferença são as pessoas que a operam, entendem e adaptam.
Destaques da programação incluem ainda: Diego Módolo, discutindo “Efeitos Dunning-Kruger com o Uso da IA” (reconhecer o que não se sabe); Daniel Bueno, com “Vendas com IA: O Impossível a um Setup de Distância” (ousadia + método); Bruno Calura, do HUB Goiás, apresentando IA sob a ótica de geração
de valor e inovação nos negócios; e ainda Evilázaro Alves, representando a Microsoft nos Estados Unidos, com o tema “Inteligência Artificial e Microsoft
Copilot: O Futuro da Produtividade nos Negócios”.
Mas, talvez o maior resultado do fórum não esteja só no palco ou nas palestras, está na atmosfera de ação. Pessoas saíram com novas conexões, com
esboços de projeto, com vontade de testar, não apenas assistir. Para um evento que tinha o rótulo “inédito na região”, o verdadeiro impacto poderá ser medido
daqui a seis meses, quando veremos quantas dessas ideias foram de fato implementadas.
Com esta iniciativa, Rio Verde dá um passo simbólico na direção de se tornar ponte entre inovação e realidade produtiva, onde a IA deixa de ser promessa
distante e vira instrumento de transformação.
